O ministro reconheceu nesta sexta-feira (10) que os “barulhos políticos” afetam a economia, que pode crescer ainda menos, e que a inflação está em seu pior momento. Paulo Guedes ainda disse que o presidente Bolsonaro pode ter passado dos limites “nas palavras, não nas ações” nas primeiras falas após os atos antidemocráticos do 7 de Setembro.
Vale ressaltar que o discurso do ministro foi feito um dia após a divulgação da inflação, que se aproxima dos dois dígitos, o que fez com que ele reconhecesse que a pressão sobre os preços é uma questão chave.
A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula alta de 9,68%, segundo dados do IBGE. O indicador tem sido pressionado, sobretudo, pelo preço dos combustíveis. A aceleração, no entanto, começou já no ano passado, com a elevação do preço dos alimentos e repercussões do aumento das tarifas de energia elétrica.
“Inflação é uma questão chave. Eu acho que estamos no pior momento da inflação”, disse Guedes durante o painel do Credit Suisse. “Ela vai reduzir lentamente e vamos fechar o ano entre 7,5% e 8% porque ainda temos alguns avanços para fazer”, completou o ministro.
Paulo Guedes ainda sugeriu ações como reduzir tarifas de importação, fazendo alusão às discussões no âmbito do Mercosul, e de outras taxas, num movimento para abrir a economia.
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