Depois de deixar o Brasil aos 22 anos e, desde então, trilhar a carreira por gigantes da Europa, Neymar não garante que voltará a atuar em sua terra natal. Em entrevista ao podcast “Fenômenos”, ao lado de Ronaldo e o streamer Gaules, o astro do PSG foi questionado sobre os planos para o futuro da carreira e revelou o desejo de jogar nos Estados Unidos.
– Não sei, tenho minhas dúvidas. Não sei se volto a jogar no Brasil. Tenho muita vontade de jogar nos Estados Unidos, isso tenho vontade. Pelo menos uma temporada. No Brasil, não sei. Às vezes quero, às vezes, não.Primeiro, porque o campeonato lá é curto, você tem uns três ou quatro meses de férias (risos). Dá para jogar um monte de ano ainda.”
Neymar reiterou o carinho que tem pelo Santos, indicando que gosta muito de atuar na Vila Belmiro. E comentou sobre um possível ponto final na carreira, afirmando que ainda não parou para traçar um planejamento exato – mas que precisa estar bem psicologicamente para continuar atuando como profissional.
– Brinco muito com meus amigos, falo que com uns 32 já está bom (risos). Mas sinceramente, não sei. Vou jogar até cansar mentalmente. A partir do momento em que eu estiver bem de cabeça e de corpo… De corpo, acho que eu vou conseguir durar mais uns aninhos, mas é a cabeça que precisa estar bem. Mas uma idade, não tracei isso. Tenho contrato com o Paris até os 34. Então, até lá estou jogando – afirmou.
Neymar falou sobre a amizade com Messi e com o esforço para tentar jogar novamente com o argentino – reafirmando que “fez de tudo” para voltar ao Barcelona em 2020. Agora com o amigo ao lado, desta vez no PSG, o brasileiro disse que vai “tentar fazer história” com Messi.
– O time ainda precisa engrenar um pouco mais, mas esperamos poder fazer história para cima do teu Real Madrid – brincou Neymar com Ronaldo.
Ao comentar sobre a Copa do Mundo de 2022, Neymar citou França, Alemanha e Argentina como favoritos na briga pelo título e elogiou a seleção brasileira. Porém, reclamou que torcedores e imprensa “criticam a todo momento” e que “se for 1 a 0 todo jogo, querem show, e se tiver dando show sem ganhar, querem resultado”.
O astro reclamou da dificuldade de marcar amistosos contra times europeus e afirmou que a equipe de Tite se preparou “do jeito que dava”. E lamentou que o torcedor hoje esteja mais distante da Seleção.
– Hoje em dia, a seleção brasileira se distanciou muito do torcedor brasileiro. Não sei o motivo, quando começou, por que aconteceu, mas vejo isso pelos nossos jogos. É pouco comentado, as pessoas não sabem quando vai ser. E isso é ruim. É triste viver nesta geração em que a seleção brasileira joga não é importante. Quando eu era criança, o jogo da Seleção era um evento, tinha que parar, encontrar a família inteira com camisa, bandeira na janela, era churrasco, bolo em casa. Era um evento. Hoje em dia não tem mais essa importância. Não sei porquê. Não sei como chegamos a esse estado, mas tenho esperança que isso tudo volte, o torcedor possa estar junto e ir em busca da Copa do Mundo, que todo mundo quer.
Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro