A Secretaria de Saúde do Estado (SES) realizou, na tarde desta quarta-feira (31), no auditório da Funad, a primeira capacitação presencial para profissionais da atenção básica em relação ao protocolo de manejo clínico da Monkeypox. Na ocasião, foram contemplados profissionais da 1ª Região de Saúde. Até o dia 13 de setembro, todas as regiões do estado terão participado da qualificação.
A ação tem cunho educativo e preparatório para que as equipes da atenção básica de todos os 223 municípios paraibanos estejam aptas para identificar os sinais e sintomas da doença e assim iniciarem as medidas de cuidado e orientar o paciente em relação à prevenção de contágio. Para a interlocutora do Vigiar SUS Cievs PB, Mirela Ferreira, “é fundamental que os profissionais possam oferecer a assistência necessária e dar os encaminhamentos pertinentes para diagnóstico e tratamento do paciente desde o primeiro momento em que ele busca uma unidade de saúde”.
O infectologista e diretor do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, Fernando Chagas, pontua que a monkeypox tem menor gravidade em comparação à varíola que conhecemos, mas que é necessário conhecer a doença para poder dar suporte assistencial à população. “Os sintomas normalmente são mais brandos. O que vai impactar no primeiro momento de atendimento ao paciente é o diagnóstico diferencial em relação a doenças com sintomas semelhantes sobretudo em relação às lesões de pele”, explica.
Fernando Chagas afirma que “esse conhecimento que estamos compartilhando hoje vai possibilitar a identificação da monkeypox de maneira mais eficiente, proporcionando melhor assistência ao paciente desde o seu primeiro contato com os profissionais de saúde. Reconhecer a doença através dos sintomas é necessário pois ela pode ser confundida com herpes, catapora, sífilis e infecções bacterianas de pele”.
O Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) também participou da capacitação, orientando os profissionais sobre a coleta, armazenamento e transporte das amostras para detecção da monkeypox, além de enfatizar os cuidados com identificação e cadastro das amostras no sistema.
A SES reforça que a Paraíba tem se preparado, desde o mês de junho, para combater o agravo e capacitar de forma contínua os profissionais para a identificação dos casos e coleta de materiais para a realização dos testes. Os treinamentos foram realizados de forma remota e permanecem disponíveis no canal oficial da instituição no YouTube, para facilitar o acesso dos profissionais que ainda têm dúvida sobre a doença e o protocolo de manejo clínico.
PBAqui