As declarações de alguns deputados federais do PL sinalizando apoio ao futuro governo Lula no Congresso Nacional geraram uma forte reação da ala bolsonarista da legenda. O assunto foi levado por deputados aliados de Jair Bolsonaro ao grupo de WhatsApp da bancada do PL nesta quinta-feira (3/11). Alguns deles, mais exaltados, defenderam a expulsão dos parlamentares que se alinharem a Lula.
“Ao meu ver, aqueles que se alinharem ao governo petista devem ser expulsos. Nosso partido precisa ser oposição. Isso seria estelionato eleitoral. É inaceitável que nosso partido tenha pessoas que se aliem a Lula e o PT. Todos fomos eleitos defendendo Bolsonaro e seu projeto e ganhamos a eleição por isso. Não estou sendo radical, estou sendo coerente e comprometido com nossos eleitores, que enxergam no governo PT o fracasso moral, econômico e político do Brasil”, escreveu o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
O deputado Giovani Cherini (PL-RJ), por sua vez, defendeu que o partido deve ser oposição “CONTRA TUDO (sic)”. Ele também pregou a bancada acione o STF quando for derrotada em votações por petistas. “Concordo 100%”, reagiu o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio PL-MG), que foi ministro do Turismo no início do governo Jair Bolsonaro.
Bolsonaro com cargo no PL
Sem cargo público pela primeira vez em 34 anos a partir do início do ano que vem, o presidente Jair Bolsonaro foi convidado a ocupar um cargo na direção do seu partido, o PL. Seria uma forma de Bolsonaro manter uma remuneração e seguir em evidência no cenário político.
O presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, propôs a Bolsonaro ser presidente de honra da legenda. O cargo faz parte da Executiva Nacional, órgão que toma as principais decisões do partido. De acordo com membros do partido, ainda não houve uma definição. Em paralelo, existe a ideia de que Bolsonaro monte um escritório em Brasília e passe a rodar o país fazendo palestras. O presidente deve continuar morando na capital federal.
Da Redação com Metrópoles
Redação: pbaqui.com.br