Grupo de economia terá André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida. Equipe de assistência social inclui Simone Tebet, Márcia Lopes, Tereza Campello e André Quintão.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) assinou nesta terça-feira (8) três portarias que marcam o início formal dos trabalhos da transição de governo em Brasília. Uma das portarias nomeia um “conselho político”, com representantes dos partidos que formaram a coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e novas siglas que se juntaram ao grupo após a eleição.
Serão membros desse conselho: Antonio Brito (PSD), Carlos Siqueira (PSB), Daniel Tourinho (Agir), Felipe Espírito Santo (Pros), Gleisi Hoffmann (PT), Guilherme Ítalo (Avante), Jeferson Coriteac (Solidariedade), José Luiz Penna (PV), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PC do B), Wesley Diogenes (Rede) e Wolnei Queiroz (PDT).
Outra portaria nomeia três coordenadores para a transição:
- Aloizio Mercadante, coordenador do grupo técnico do gabinete;
- Floriano Pesaro, coordenador-executivo do gabinete;
- Gleisi Hoffmann, coordenadora da articulação política do gabinete de transição.
Alckmin também anunciou os componentes de dois grupos técnicos: o de economia e o de assistência social.
- Economia: André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida.
- Assistência social: Simone Tebet, Márcia Lopes, Tereza Campello e André Quintão.
“O presidente Lula deixou claro que os que vão participar da transição não têm relação direta com ministério, com governo. Podem participar, podem não participar, mas são questões bastante distintas. Esse é um trabalho de 50 dias”, disse Alckmin.
Questionado sobre as alterações necessárias no projeto do Orçamento de 2023 para cumprir promessas de campanha da chapa com Lula, Geraldo Alckmin disse que o formato do projeto e os valores ainda serão definidos nos próximos dias.
O governo de transição terá 31 Grupos Técnicos, com até quatro integrantes na coordenação, nas seguinte áreas: agricultura, pecuária e abastecimento; assistência social; centro de governo; cidades; ciência, tecnologia e inovação; comunicações; cultura; defesa; desenvolvimento agrário; desenvolvimento regional; direitos humanos; economia; educação; esporte; igualdade racial; indústria, comércio e serviços; infraestrutura; inteligência estratégica; justiça e segurança pública; meio ambiente; minas e energia; mulheres; pesca; planejamento, orçamento e gestão; povos originários; previdência social; relações exteriores; saúde; trabalho; transparência, integridade e controle; e turismo.
Dois meses de transição
Os trabalhos acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), espaço destinado a abrigar a equipe que vai preparar as primeiras medidas a serem adotadas pelo governo do presidente eleito Lula.
Alckmin é o coordenador-geral da equipe de transição. O local, que fica a cerca de sete quilômetros do Palácio do Planalto, abriga transições de governo desde 2002.
Por lei, o futuro governo tem direito a 50 cargos remunerados para a equipe de transição, mas também pode contar com trabalhadores voluntários. O PT estima que mais de 100 pessoas atuarão no CCBB até a posse de Lula, em 1º de janeiro de 2023.
O atual governo montou a estrutura no CCBB com gabinetes para Lula, Alckmin e outras 15 autoridades, além de salas de reunião e área de coworking.
Alckmin deve participar também das discussões da equipe de Lula com parlamentares, para abrir espaço no Orçamento de 2023 capaz de bancar promessas do presidente eleito, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.
Lula
O presidente eleito tem previsão de chegar a Brasília na noite desta terça-feira. Será sua primeira viagem à capital depois de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição.
As agendas de Lula devem começar na quarta-feira (9). O petista pretende visitar os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber; e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Já para a próxima semana está prevista a ida de Lula ao Egito para participar da Conferência do Clima organizada pelas Nações Unidas (ONU), a COP27.
Redação: pbaqui.com.br