Um dia após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçar que, além do combate à fome, a Saúde será uma das prioridades do novo governo, o Grupo de Trabalho (GT) da Saúde da equipe de transição alertou para a falta de recursos na área, que pode comprometer o fornecimento de vacinas em 2023. O diagnóstico do GT após reuniões com técnicos do governo Jair Bolsonaro e especialistas foi descrito como de caos geral no setor.
De acordo com os técnicos, quase R$ 20 bilhões de recursos no Orçamento do ano que vem que deveriam para políticas públicas e serviços na saúde pública estão sendo destinados para emendas parlamentares. A maior parte desse “redirecionamento”, R$ 10 bilhões, foi destinada para as polêmicas emendas de relator-geral (RP9), mais conhecidas como “orçamento secreto”. Outros R$ 9,7 bilhões foram para as emendas individuais e de bancada. Enquanto isso, o GT considerou que serão necessários R$ 22,7 milhões a mais para o Orçamento da Saúde no ano que vem.
Redação: pbaqui.com.br