Até a manhã do dia 5 de dezembro, o Censo Demográfico 2022 contou, na Paraíba, cerca de 3,5 milhões de pessoas em 1,2 milhão de domicílios, segundo o 4º Balanço Parcial da operação, divulgado pelo IBGE, nesta terça-feira (6). Esse número representa aproximadamente 88,3% da população estimada para o estado em 2021, proporção que ficou acima das médias do Brasil (78,7%) e do Nordeste (85,7%) e foi a 5ª maior do país.
Iniciado no dia 1º de agosto, a previsão era de que o recenseamento terminasse ao fim de outubro. No entanto, nesta terça-feira (06), o Instituto anunciou a prorrogação do prazo para o final de janeiro de 2023.
Entre os habitantes recenseados até então, 1,8 milhão, que representavam a maioria, aproximadamente 51,7%, eram do sexo feminino, enquanto os outros 48,3%, por volta de 1,7 milhão, eram do masculino. No cenário nacional, a população paraibana contada representa 2,13% do total.
Além disso, o balanço indica que, até o momento, haviam sido recenseados 24,3 mil indígenas e 15,4 mil quilombolas, no estado. O questionário aplicado junto a esses povos e comunidades tradicionais conta com algumas perguntas específicas, que visam traçar um perfil mais direcionado para auxiliar na elaboração de políticas públicas.
Pela primeira vez, o IBGE divulgou o total de população recenseada em aglomerados subnormais, locais definidos como as “ocupações irregulares de terrenos para fins de habitação em áreas urbanas e que, em geral, são caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos básicos e localização em áreas restritas à ocupação”. Até a manhã do dia 05, eram 137,4 mil pessoas que viviam nessas áreas, no estado.
Em relação à cobertura, cerca de 8,8 mil setores censitários, dos 9,2 mil existentes na Paraíba, estavam sendo trabalhados ou já tinham sido concluídos – aproximadamente 95,4%. Nas áreas rurais do estado, esse percentual era de 98,6%, enquanto nas urbanas era de 93,8%. Cada setor é uma área de coleta e divulgação de dados estatísticos do IBGE, que pode conter até 300 domicílios.
Ainda conforme os dados do 4º balanço, a principal modalidade de coleta, registrada em 1,2 milhão de domicílios, foi a presencial, seguida pela por telefone, utilizada em 5,6 mil, e pela por internet, observada em 1,4 mil. Já no que se refere ao tipo de questionário, o básico foi aplicado em 1,04 milhão de domicílios, ao passo que o da amostra, que abrange mais temas e contém uma quantidade maior de perguntas, foi respondido em 194,2 mil lares.
A proporção de domicílios em que foram registradas recusas, no estado, é de 1,01%, inferior às médias regional (1,59%) e nacional (2,59%). No entanto, ainda assim os recenseadores têm enfrentado desafios em campo, como a dificuldade para ter acesso a condomínios verticais e horizontais e para encontrar pessoas em casa, bem como a resistência dos moradores em atendê-los. A expectativa do IBGE é de que essa proporção seja reduzida até o final da operação, após a aplicação de todos os protocolos de insistência, como a distribuição de folhas de recado com o contato do recenseador, para que o morador daquele domicílio possa agendar a coleta.
Como identificar e confirmar a identidade de um recenseador?
Cada recenseador estará sempre uniformizado, com o colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e o DMC. Além disso, é possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. O endereço eletrônico e o link constam no crachá do entrevistador, que também apresenta um QR code, que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, basta fornecer a matrícula, o RG ou CPF do recenseador.
Neste Censo, além da entrevista presencial, após uma primeira visita do recenseador, o morador também pode escolher responder ao questionário pela Internet ou por telefone. Para isso, ele deve informar a opção ao recenseador durante a abordagem inicial.
Redação: pbaqui.com.br