No Cariri: Açude de Boqueirão começa 2023 com mais de 30% de sua capacidade e com perspectiva de nova sangria

Um oásis no Cariri paraibano. Prestes a completar 66 anos e responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 18 municípios do Compartimento da Borborema, o açude Epitácio Pessoa em Boqueirão, começou o ano de 2023 com pouco mais de 30% de sua capacidade e possibilidade de uma nova sangria.

O açude amanheceu neste sábado (07), com 141.632.416 milhões de metros cúbicos, o que representa 30,36% de sua total capacidade de armazenamento que é de 466.525.964 mm.

A expectativa da população paraibana é de que o açude de Boqueirão chegue à capacidade total este ano depois de 10 anos. O reservatório vem recebendo recargas de água após as chuvas que chegam até os mananciais localizados no Cariri paraibano e que seguem para o açude de Boqueirão.

A última vez que o açude recebeu uma nova recarga foi em novembro do ano passado. O manancial recebeu mais de 1,6 milhão de metros cúbicos de água após chuvas na região. O aumento representa cerca de 0,62% em relação à capacidade anterior do reservatório, que marcava 29,38% de volume anterior.

Em 2017, o açude atingiu 2% da capacidade total, situação que fez Campina Grande e outras 18 cidades entrarem em uma crise hídrica histórica e adotarem medidas rigorosas de racionamento.
Em abril de 2020, com a passagem de três anos do encontro das águas da transposição do Rio São Francisco com o espelho d’água do açude Epitácio Pessoa, as chuvas que caíam na região do Cariri paraibano levantaram a possibilidade de uma sangria do reservatório.

Com capacidade para armazenar 411,686 milhões de metros cúbicos de água, o manancial inaugurado em 16 de janeiro de 1957, pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs),
sangrou pela última vez em 2011 e já registrou, pelo menos, 18 sangrias. Elas foram notificadas nos anos de 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 198, 1984, 1985, 1986, 1989, 1999, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009 e 2011.

Quando o açude de Boqueirão sangrou pela última vez, em 2011, ele teve a melhor fase de sua história. Segundo os dados da Aesa, ele passou 202 dias transbordando água sem parar. A sangria começou no dia 6 de março de 2011 e só parou no dia 22 de setembro daquele ano.

Severino Lopes

Redação: pbaqui.com.br

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