O preso declarou à Polícia Federal que não era proprietário do dinheiro e que o proprietário é o patrão do declarante, conhecido como Felipe Alcântara.
O jornalista Clilson Junior revelou, nesta sexta-feira (24), a identidade do homem preso após ser flagrado com duas malas recheadas de dinheiro no Aeroporto Castro Pinto, na Região Metropolitana de João Pessoa. No programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, Clilson revelou que o homem que transportava as malas com R$ 2 milhões era Eder Francisco da Silva Santos, natural de São Paulo, motorista de aplicativo e músico, tendo dito em depoimento que toca acordeon..
O dinheiro, segundo Eder Francisco, teria como destino Felipe Alcântara. Ele declarou à Polícia Federal que, pelo que sabe, Felipe trabalha com reestruturação de empresas. Apesar de o dinheiro ser destinado a Felipe Alcântara, de acordo com o preso, ele ainda iria receber a orientação para quem iria entregar as malas.
Inicialmente, não há informações de envolvimento de políticos com o dinheiro apreendido. O termo de declaração, a que o ClickPB teve acesso, não cita qualquer político. No entanto, o caso segue sendo investigado pela Polícia Federal, que deverá esclarecer as perguntas que ainda faltam ser respondidas.
Conforme revelado com exclusividade pelo jornalista Clilson Júnior, assim que o homem foi preso, dois advogados criminalistas chegaram ao aeroporto para acompanhar o depoimento junto à Polícia Federal. Os dois advogados foram identificados como Felipe Pedrosa Tavares Teófilo Machado, advogado criminalista e Jannyleyde da Silva Milanes, conhecida por Janny.
O preso declarou à Polícia Federal que não era proprietário do dinheiro e que estaria apenas trazendo as malas de São Paulo para João Pessoa. O destino do montante seria o “patrão” do declarante, conhecido como Felipe Alcântara.
Como revelado pelo jornalista Clilson Júnior, o homem foi indagado como seria possível ter um patrão se não tinha emprego formal. Ele disse que “patrão” é uma gíria usada em São Paulo, mas que estava fazendo o serviço de transporte de Felipe Alcântara com frequência.
De acordo com o depoimento do preso, ele foi abordado por Felipe e perguntado se aceitaria vir a João pessoa transportando uma quantia que seria utilizada para uma compra. Ficou acordado que ele iria receber R$ 1.500 para fazer a viagem. Também disse em depoimento que as malas são de propriedade dele mesmo e recebeu o dinheiro no próprio aeroporto em São Paulo, que lhe foi entregue por um homem desconhecido.
Quando o preso chegou ao estacionamento do aeroporto em São Paulo, o homem que entregou o dinheiro já estava à sua espera. O dinheiro estava em sacolas e foi colocado dentro das malas para a viagem. As passagens teriam sido compradas pelo homem pelo próprio Felipe Alcântara e esta seria a primeira vez que Eder fazia um serviço desse tipo para ele.
Juntamente com o dinheiro, foi apreendido pela Polícia Federal um smartphone, cartões bancários, documentos de identificação do homem preso, além de documentos relacionados ao voo.
De acordo com o termo de depoimento, quando as malas de Eder Francisco passaram pelo raio-x do aeroporto, o agente da Polícia Federal que monitorava o equipamento percebeu imagens repetidas. O responsável pelas malas declarou que seriam roupas. Quando as malas foram abertas, foram constatados vários maços de cédulas.
A prisão aconteceu no dia 16 de fevereiro, conforme noticiado pelo PBAQUI. O dinheiro foi apreendido e contabilizado no dia seguinte. O valor total encontrado nas malas foi de R$ 1.999.470, de acordo com a Polícia Federal. A Polícia Federal informou ao ClickPB que, ao todo, estavam nas malas o total de R$ 1,2 milhão em notas de R$ 100; R$ 600 mil em notas de R$ 50; e R$ 80 mil em notas de R$ 200.
Confira os documentos na íntegra abaixo:
Fonte: ClickPB
Redação: pbaqui.com.br