Partida 418 da história. Um duelo decisivo, válido pela 7ª rodada do Campeonato Paraibano. Ao término dos 90 minutos, apenas um vai sobreviver. Será um jogo do “desespero”, de vida ou morte para Raposa e Galo. Um novo capítulo numa rivalidade histórica que em novembro deste ano vai completar 68 anos.
Para Campinense e Treze, o primeiro Clássico dos Maiorais do ano, marcado para este domingo (26), às 19h no estádio O Amigão em Campina Grande, será decisivo. Com campeonato curto, os dois clubes precisam desesperadamente da vitória para avançar na competição.
Atual campeão paraibano, o Campinense que vem de uma derrota na Copa do Nordeste para o Atlético da BA, ocupa a 6ª colocação no Estadual com 10 pontos, e se perder o clássico, praticamente dar adeus a competição de forma prematura. Depois do Galo, o Campinense tem apenas mais um jogo na competição contra o já rebaixado Auto Esporte.
No entanto, o tropeço seria fatal para a Raposa, que sairia da disputa pelo título do bicampeonato estadual e pelas vagas na Copa do Brasil e Copa do Nordeste em 2023. Pior que isso: o tropeço obrigaria o rubro-negro a conquistar o acesso para a Série C, para não ficar sem calendário no segundo semestre do próximo ano.
Para esse jogo, o rubro-negro deve entrar em campo com a força máxima.
No Treze a situação também não é confortável. Mesmo ocupando a 3ª posição na tabela com 11 pontos, 1 a mais que o rival, o Galo sabe que uma derrota também poderia representar o fim de um sonho. O alvinegro busca o título para voltar a disputar a Série D do Brasileiro, o que não acontece a dois anos.
Em meio à preparação para o Clássico dos Maiorais, a diretoria alvinegra anunciou um verdadeiro pacotão de reforços de olho no importante compromisso. E todos os reforços estão prontos para o duelo.
Galo e Raposa devem entrar em campo com a força máxima e com novidades na beira do gramado. O técnico do Campinense Leston Júnior terá sua primeira experiência em comandar o rubro-negro em um Clássico, a exemplo do técnico do Treze Willian de Mattia.
Torcidas – O Clássico dos Maiorais deste domingo contará com a presença das torcidas dos dois clubes. A decisão foi tomada na última quarta-feira, em reunião entre o Ministério Público da Paraíba (MPPB), órgãos de segurança do Estado e representantes de Raposa e Galo.
A rivalidade
Historicamente, Raposa e Galo fazem um duelo de arrepiar. Considerado a maior disputa do futebol paraibano e uma das maiores dos interiores do Brasil, o Clássico dos Maiorais mexe com os nervos, cabeça e coração do torcedor. Vencer o rival é sempre um trinfo com sabor especial. No duelo de quem é o maior, o Alvinegro se orgulha de ter mais vitórias que o Rubro-Negro, ser o único campeão paraibano invicto, o clube do estado que foi mais longe na Copa do Brasil.
O Rubro-Negro, por sua vez, ostenta mais títulos estaduais que o rival, é o único hexacampeão do estado, tem o título da Copa do Nordeste, conquistou um acesso para a Série B do Brasileiro e tem o maior número de vitórias nas decisões estaduais contra o arquirrival. E esse clássico – em preto e vermelho de um lado e preto e branco do outro – completa 68 anos no final deste ano.
Em campo, estarão as duas maiores rivalidades do Campeonato Paraibano, e 39 títulos estaduais, sendo 23 conquistados pela Raposa contra 16 pelo Galo.
Galo e Raposa sempre fazem um duelo acirrado, duro e com emoções. Dos 418 confrontos, o Treze venceu 142 vezes, contra 112 vitórias do Campinense. O Clássico dos Maiorais já terminou empatado 163 vezes. Na artilharia dos Maiorais, a vantagem também é trezeana: até agora, são 503 gols a favor do Alvinegro, contra 454 para o Rubro-Negro.
Tabu sempre fez parte da história do Clássico dos Maiorais. E neste domingo tem um em disputa. O Campinense, nos últimos dois anos e meio, vem levando vantagem sobre o maior rival. A última vitória do Treze em cima de seu maior rival foi dia 12 de agosto de 2020, na primeira partida da final do Campeonato Paraibano, por 2 a 0, resultado que lhe garantiu o título do estadual daquele ano, pois na partida de volta a Raposa venceu por 1 a 0, o que não foi suficiente para tirar o troféu do Galo.
Depois disso, foram mais seis partidas, sendo três vitórias do Campinense e três empates.
Neste domingo, um novo capítulo deste duelo será escrito com emoção, tensão e alegria de um lado e tristeza do outro.
Severino Lopes
Redação: pbaqui.com.br
