Ministério Público apura irregularidades na venda do ‘Mangabeirão’

Órgão apura indícios de que negociação do centro de treinamento do Auto Esporte teria sido abaixo do valor de mercado

A possível venda do Complexo Esportivo Mangabeirão pertencente ao Auto Esporte tem uma nova polêmica. Inicialmente, ex-dirigentes e torcedores contestaram a iniciativa dos atuais diretores. Agora, o Ministério Público da Paraíba apura suposta negociação em valor abaixo do mercado. Além disso, o clube tem como presidente executivo, o filho do presidente do Conselho Deliberativo.

O documento publicado afirma que, “considerando ser função do Ministério Público, dentre outras, zelar e acompanhar, de modo permanente, as fundações a associações de interesse social legalmente constituídas, tendo em mãos a constatação da regularidade dos seus estatutos, cumprimentos de suas finalidades, administrativas e destinação dos seus recursos arrecadados e de seus bens”.

Continuação o relato do Ministério Público, “considerando o aporte nesta Promotoria de Justiça de João Pessoa/PB, a partir de remessa da Ouvidoria do MPPB, de denuncia, em síntese,o fato do presidente do conselho deliberativo do Auto Esporte Clube ter colocado o seu próprio filho na presidência executiva do clube, gerando uma concentração de poder entre membros de uma mesma família”.

Considera ainda o Ministério Público, “considerando ainda que a supracitada denúncia aponta suspeita de desvio de recursos na venda do Centro de Treinamentos (CT) do clube, com uma proposta de venda abaixo do valor de mercado”.

Destaca ainda o Ministério Público, “considerando que a presente circunstância reclama a necessária intervenção por parte do Ministério Público a fim de que os fatos sejam devidamente esclarecidos”.

O Ministério Público resolveu “instaurar procedimento administrativo com o fito de apurar os fatos retratados, para, ao final, adotar a medida administrativa ou judicial adequada ao caso”.

O conselheiro e diretor do Auto Esporte, Paulo Raniere contesta esta intervenção do Ministério Público da Paraíba, afirmando “Sem nenhum fundamento, a venda da área não foi concretizada, a eleição foi feita dentro do estatuto do clube”.

O presidente do conselho deliberativo do Auto Esporte, José Benedito, Zezinho do Bradesco, disse ter tomado conhecimento da intervenção da Justiça, alegando que ninguém chega para ajudar o clube.

“Todas medidas que o Auto Esporte tem como base o Estatuto. O clube tem diretoria, tem conselho deliberativo, então tudo é votado e aprovado, de acordo com o Estatuto. Quando a isso aí, não temos nenhuma preocupação. Gostaria que o Ministério Público ajudasse a administrar o clube”, disse Zezinho.

Fonte: Portal Correio

Redação: pbaqui.com.br

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