Crime contra o sistema financeiro. O relatório da Polícia Federal que investiga o caso da Braiscompany, indica que sócios fugiram do Brasil pela fronteira com a Argentina. Segundo a PF, o casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, não estão mais no Brasil. A suspeita é de que ambos fugiram do país pela fronteira terrestre com a Argetina, utilizando-se dos passaportes da irmã e do cunhado de Fabrícia.
Como o caso segue em segredo de justiça, o documento da Polícia Federal não foi divulgado oficialmente. De acordo com a PF, o casal contou com a ajuda de outras cinco pessoas para conseguir escapar do Brasil. Todos foram indiciados por facilitar a fuga de pessoas procuradas pela polícia e pela justiça brasileiras.
As investigações indicam que Fabrícia Farias deixou o país usando o passaporte de sua irmã, Fernanda Farias. Já Antônio Inácio teria usado o passaporte de Felipe Guilherme, marido de Fernanda. Tanto Fernanda como Felipe teriam posteriormente feito um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo alegando que os seus documentos tinham sido extraviados, como forma de se livrarem de eventuais suspeitas.
O relatório da investigação da Polícia Federal que apura a prática de pirâmide financeira por parte da empresa Braiscompany, trouxe o indiciamento de 16 pessoas investigadas por envolvimento no suposto esquema.
Segundo a PF, foram indiciados os donos da empresa, Antônio Inácio da Silva Neto e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos; e mais 14 pessoas. O relatório é assinado pelo delegado da Polícia Federal Victor de Arruda Oliveira.
Semana passada a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 136 milhões, que seriam de pessoas ligadas à empresa. A nova fase da operação, batizada de Trade-off, mira a prática de lavagem de dinheiro decorrente do esquema de criptoativos.
A operação investiga uma movimentação financeira de R$ 2 bilhões feita pela Braiscompany em criptoativos. Dois mandados de prisão foram expedidos tendo como alvos o empresário, Antônio Neto, e a esposa dele, Fabrícia Farias Campos. Os dois continuam foragidos.
Na operação, a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e a suspensão parcial das atividades da empresa. Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campina Grande, João Pessoa e São Paulo na primeira fase da operação.
Fonte: PB Agora
Redação: pbaqui.com.br