O partido passa a ser comandado por Plínio Comte Bittencourt, liderança do Cidadania do Rio de Janeiro.
O Cidadania definiu, ontem (9), o afastamento do ex-deputado Roberto Freire de sua presidência. O novo líder será Plinio Comte Bittencourt.
Freire comandava o partido há mais de três décadas, mas as divergências sobre os rumos da legenda se aprofundaram neste ano, em meio a uma divisão sobre integrar ou não a base de apoio ao presidente Lula. Freire era contrário à ideia.
Uma reunião da Executiva Nacional da sigla, realizada em meados de agosto, terminou em xingamentos, acusações e gritos entre os dirigentes, que aprovaram por 13 votos a 10 uma resolução para antecipar a eleição de uma nova Executiva Nacional.
O dirigente do Cidadania na Paraíba, Nonato Bandeira, criticou duramente a gestão de Freire. “O Cidadania era um dos maiores partidos do Brasil e você conseguiu a façanha de destruir não só com uma intervenção absurda como colocando no comando da federação alguém que tinha sido expulso por corrupção do PSDB. Não transfira suas responsabilidades. Ninguém aguenta você provocar um por um todo mundo que tem um mínimo de discordância. Tenha compostura de presidente. Você perdeu a compostura e quem perde a compostura não tem condições de liderar”, disse Bandeira.
“Comunico minha saída da Direção Nacional. Desnecessário dizer que é irrevogável. Encerro, assim, uma longa vida neste partido, o único desde o PCB nos idos de 1962 do século passado”, disse Roberto Freire, em nota.
Comte Bittencourt, por sua vez, afirmou aceitar a indicação para presidir o Cidadania “com o propósito único de unir o partido em torno dos valores democráticos que sempre nortearam nossa atuação política”.
O Cidadania elegeu apenas cinco deputados em 2022, mas participa de uma federação com o PSDB e, assim, conta com 18 representantes em sua bancada na Câmara.
Fonte: Politica JP
Redação: pbaqui.com.br