A oitiva, que acontece a pedido dos congressistas governistas, foi marcada para começar às 9h. Pinno atuou no batalhão de choque no dia 8 de janeiro e foi agredida ao tentar conter os invasores.
Encaminhando-se para o fim, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro ouvirá nesta semana dois dos seus últimos depoimentos. Nesta terça-feira (12), o depoimento será da cabo da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Marcela da Silva Morais Pinno.
A oitiva, que acontece a pedido dos congressistas governistas, foi marcada para começar às 9h. Pinno atuou no batalhão de choque no dia 8 de janeiro e foi agredida ao tentar conter os invasores, chegando a ser jogada de uma altura de três metros da cúpula do Congresso Nacional.
Os parlamentares esperam que a cabo possa trazer informações relevantes para esclarecer os responsáveis pela invasão.Os requerimentos de convocação da depoente foram apresentados pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e pelos deputados Rubens Pereira (PT-MA), Duarte Jr. (PSB-MA) e Rogério Correia (PT-MG).
Inicialmente, quem iria depor nesta terça-feira seria a ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Marília Ferreira de Alencar. No entanto, a convocada acionou a Suprema Corte e conseguiu um habeas corpus do ministro Kássio Nunes Marques para não ser obrigada a comparecer ao depoimento.
Diante da decisão, Alencar disse à CPMI que não prestará depoimento. A oitiva está mantida na pauta da comissão, mas, provavelmente, ela não aparecerá. A CPMI recorreu ao STF da decisão. Já na próxima quinta-feira (14) quem será ouvido pelos parlamentares da CPMI será o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.
Dutra chefiava o comando durante os atos golpistas e teria se recusado a desmontar os acampamentos bolsonaristas em frente ao Exército. Os parlamentares da CPMI querem esclarecer o episódio.
O general Dutra é um dos investigados pelo Ministério Público Militar – MPM, que apura se houve falha de planejamento, negligência ou omissão nos atos do 8 de Janeiro. Os requerimentos para convocação do general são do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), do deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), do senador Marcos do Val (Podemos-ES), do senador Eduardo Girão (Novo-CE), do deputado Pr. Marco Feliciano (PL-SP), do deputado Duarte Jr. (PSB-MA) e da deputada Duda Salabert (PDT-MG), além do requerimento de convite feito pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
Reta Final da CPMI
O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), defende que o relatório da comissão deve ser lido até o dia 17 de outubro. Alguns dos nomes convidados ou convocados podem não ser ouvidos por falta de tempo, uma vez que a lista de convocações tem 30 nomes aprovados até o momento; número maior do que o de sessões para depoimentos.
A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), no entanto, defende que os trabalhos da CPMI se estendam por um período maior, mas sem necessidade de esticar os 180 dias de prazo já estabelecidos.
Para a senadora, o ideal seria que os depoimentos acontecessem até o dia 25 de outubro. Com isso, a apresentação e votação do relatório ficariam para a primeira quinzena de novembro.
Fonte: CNN Brasil
Redação:pbaqui.com.br