Justiça determina que Prefeitura de Massaranduba realize obras de acessibilidade em prédio público

Ministério Público relata que a sede da Secretaria de Cultura, Comunicação e Esportes apresenta desconformidades, com barreiras arquitetônicas que impedem o acesso, a circulação, a utilização e a locomoção das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

A Justiça da Paraíba manteve a decisão do Juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande condenando o município de Massaranduba a realizar obras de acessibilidade na sede da Secretaria de Cultura, Comunicação e Esportes para adequá-la à norma técnica NBR-9050 da ABNT,  no prazo de 12 meses. A relatoria do processo foi do desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho.

Na ação, o Ministério Público estadual relata que a sede da Secretaria de Cultura, Comunicação e Esportes apresenta desconformidades, com barreiras arquitetônicas que impedem o acesso, a circulação, a utilização e a locomoção das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. As irregularidades foram levantadas nos autos do Inquérito Civil nº 022/2010. Todavia, o município, após inúmeras tentativas, não solucionou a questão.

“Ultrapassados mais de 13 anos da instauração do inquérito civil, não se tem notícia de melhorias significativas no prédio, a ponto de suprir as falhas e necessidades apontadas na sentença questionada”, afirmou o relator do processo, acrescentando que não pode a administração pública simplesmente arguir a falta de recursos financeiros como condição limitante de políticas públicas.

“O orçamento público igualmente não serve como empecilho, pois a ação civil pública tem o poder de determinar atuações positivas, regulando o contingenciamento e a inércia do administrador. Se determinada política constitucionalmente prevista não estiver contemplada na regra orçamentária, cabe ao Judiciário pautar sua previsão no próximo orçamento, com verbas suficientes à sua implementação, ou mesmo o cumprimento imediato da obrigação de fazer, inclusive com remanejamento de recursos de áreas não prioritárias”, frisou o relator.

Redação: pbaqui.com.br

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