A Enetrix é uma solução de pesquisa, desenvolvimento e inovação científica tecnológica feita na Paraíba e que poderá facilitar as negociações no campo energético entre os países.
Dois eventos marcarão o lançamento do site Enetrix, que promete revolucionar a forma como a segurança energética é tratada em todo o mundo. Em entrevista, nesta sexta-feira (8), o professor de Inteligência Artificial da UFPB, Rafael Magalhães, explicou que a plataforma traz avanços ao permite que os gestores tenham acesso aos acordos internacionais que o Brasil tem com outros países, “mediando e facilitando as negociações entre o desenvolvimento tecnológico do estado com o resto do mundo”, explicou o pesquisador. O site será lançado em eventos em João Pessoa e Nova York (EUA) nos próximos dias.
“Não existe um site que trate e disponibilize com a acessibilidade que a gente faz. Um site para trazer dados estratégicos por meio de repositórios dinâmicos no campo da segurança energética”, disse ao reforçar que o site se destaca a nível mundial, “ainda é insuficiente o detalhamento das informações disponibilizadas pelos governos mundo à fora. Será mais fácil para empresários, gestores e a sociedade checar os acordos existentes entre as nações no campo de cada matriz energética solar, eólica, hidrogénio, petróleo, entre outras. O Enetrix surge como uma tentativa de permitir acesso a essas informações de forma mais dinâmica”, destacou.
A Enetrix é uma solução de pesquisa, desenvolvimento e inovação científica tecnológica “made in Paraíba”, destinada a tornar a diplomacia energética internacional mais acessível e equitativa em âmbito nacional e mundial. A plataforma, em estágio de desenvolvimento, visa impulsionar a cooperação energética internacional, oferecendo análises detalhadas baseada nos acordos firmados com outros países e organizações internacionais.
Os autores do projeto são pesquisadores das áreas de Relações Internacionais e Ciências da Computação da UFPB, liderados pelos professores Iure Paiva, docente do departamento de Relações Internacionais da UFPB e coordenador do Gesene; Thaís Gaudêncio, docente do departamento de Informática da UFPB e coordenadora do Aria; e Yuri de Almeida Malheiros Barbosa, docente do departamento de Computação Científica da UFPB e coordenador do Aria. Atualmente a plataforma conta com a coordenação dos especialistas Rafael Magalhães (Vice-coordenador) e Yuska Paola Costa Aguiar (Gerente de Projeto). Ao todo, mais de 20 pessoas fazem parte do projeto.
“A plataforma sai dos muros da universidade, por meio do investimento público, atendendo diversos objetivos estratégicos de relações internacionais, desenvolvimento tecnológico e promoção da sustentabilidade. Coloca também a Paraíba em papel de protagonismo no cenário nacional e internacional, através da cooperação com organismos multilaterais como a ONU, na área de ciência, tecnologia e inovação aplicadas à diplomacia energética. Por fim, o projeto ainda colabora para formação e preparação de estudantes paraibanos, um dos papéis mais relevantes da parceria”, explica o professor Iure Paiva.
Os lançamentos acontecerão entre os dias 13 e 15, em João Pessoa (PB) na Fundação Casa de José Américo, na “1ª Conferência Livre sobre o papel da Ciência, Tecnologia e Inovação na diplomacia energética brasileira e internacional” e o “2º Simpósio do Projeto Enetrix: CTI aplicadas ao desenvolvimento da diplomacia energética”. Os eventos devem contar com a presença de autoridades, pesquisadores e especialistas do Governo do Estado, UFPB e a comitiva da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os presentes devem estar o subsecretário-Geral Miguel de Serpa Soares, embaixador Marco Suazo (diretor do Unitar) e a secretária Olga Kurilina (coordenadora do Unitar).
Já entre os dias 26 e 28 de março, acontece em Nova York (EUA) o lançamento da “Data Diplomacy Academy (DDA)” (www.datadiplomacy.com). O evento trata sobre o desenvolvimento de soluções tecnológicas, publicação de estudos, cursos de capacitação, eventos temáticos e estabelecimento de parcerias, com envolvimento da ONU.
Fonte: ClickPB / Por Emmanuela Cristine Leite Nunes
Redação: pbaqui.com.br