Pai confessou, em audiência de custódia, ter matado o filho para não pagar pensão.
A Polícia Civil concluiu, nesta quarta-feira (12), o inquérito policial que investiga a morte de Arthur Davi, de 11 anos, encontrado em fábrica abandonada no bairro Colinas do Sul, na Zona Sul de João Pessoa. Davi Piazza Pinto, investigado pelo crime, foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O inquérito leva em consideração Davi matou o próprio filho, por ser uma criança com deficiência visual e por motivo torpe.
Em audiência de custódia, Davi confessou morte do filho por não querer pagar pensão, com valor em torno de R$ 1.800. Investigado segue preso em Florianópolis, capital de Santa Catarina, a disposição da justiça paraibana.
Conclusão da polícia é que pai agiu sozinho e que o crime foi premeditado.
Imagens de câmeras de segurança, divulgadas pela polícia, mostram quando Davi entra em um carro com um lençol nos braços, que seria o corpo da criança.
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Sobre o crime
O pai da criança havia saído de Santa Catarina, onde vivia com familiares, e viajou até a Paraíba com o argumento de ajudar nos cuidados do filho. A mãe, que mora em João Pessoa e está em um novo relacionamento, permitiu o contato entre o pai e a criança.
Após cometer o crime, o homem ligou para a ex-companheira confessando o crime.
“O pai chegou de Florianópolis na quinta-feira, na sexta pegou o filho para passar alguns dias com ele, inclusive para levar levá-lo para a cidade de Florianópolis. Quando a mãe em contato com ele constante, perguntava pelo filho, porque o filho tava e ele dizia que tava tudo bem. Entretanto hoje pela manhã ele ligou arrependido informando que tinha assassinado o próprio filho e ocultado o cadáver”, explicou o delegado Bruno Victor Germano em entrevista à imprensa.
De acordo com o diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), Flávio Fabres, o corpo foi submetido a necropsia completa e a causa da morte foi estabelecida por asfixia por sufocação.
Redação: PBAQUI