A Justiça Eleitoral estabeleceu como teto que as candidaturas a prefeito de João Pessoa podem gastar, no máximo, R$ 3.647.490,46 no primeiro turno e R$ 1.458.996,18 em caso de disputa de segundo turno.
O candidato a prefeito de João Pessoa pelo Podemos, Ruy Carneiro, já arrecadou mais recursos do que poderá gastar durante a campanha eleitoral em 2024. Até esta segunda-feira (09), Ruy declarou ao Tribunal Superior Eleitoral o recebimento de R$ 3.663.800, entre doações e repasses do Fundo Partidário. No entanto, o limite de gastos para o primeiro turno estabelecido pela Justiça Eleitoral em João Pessoa é de R$ 3.647.490,46.
O total de gastos feito até o momento, conforme verificou a reportagem, a campanha de Ruy Carneiro já contratou o total de R$ 1.528.786,59 em despesas. Apesar de ter arrecadado mais dinheiro do que o que poderá gastar, o feito não é irregular, já que valores também podem ser devolvidos. Até o momento, não foi prestada informação à Justiça Eleitoral sobre devolução de recursos pela campanha do deputado federal.
Ruy é o candidato a prefeito de João Pessoa com mais dinheiro arrecadado até o momento, sendo a maior parte proveniente do Fundo Especial de partidos, como já acompanhava a reportagem. Da Direção Nacional do Podemos foi enviado o total de R$ 3.003.000, via transferência eletrônica. A Direção Nacional do MDB, partido da candidata a vice de Ruy, Amanda CSI, também contribuiu com a campanha ao enviar o total de R$ 338 mil. Já do União Brasil, a campanha de Ruy Carneiro recebeu o total de R$ 297.800.
Já por meio de doações, a campanha de Ruy Carneiro arrecadou o total de R$ 25 mil. Amanda CSI, candidata a vice-prefeita na chapa, doou o total de R$ 10 mil. O mesmo valor, R$ 10 mil, também foi doado por Rogério Antonio Coser. Já Ruy Carneiro doou R$ 5 mil para a sua campanha eleitoral.
Gastos de Ruy Carneiro
Até esta segunda-feira (09), a campanha de Ruy Carneiro declarou à Justiça Eleitoral ter gasto o valor total de R$ 1.528.786,59. Foram feitos 58 registros de despesa com a campanha eleitoral, desde pagamento de encargos e taxas bancárias, fornecimento de refeições, confecção de bandeiras, camisetas e outros materiais publicitários, até pagamento da equipe de propaganda.
O maior montante gasto até agora foi feito com a produção de programas de rádio, TV ou vídeos, totalizando R$ 1.041.000. Já com cessão ou locação de veículos foram gastos R$ 121 mil. Mais R$ 100 mil foram pagos por serviços prestados a terceiros. A campanha de Ruy Carneiro declarou ainda gastos de R$ 54 mil com produção de jingles, vinhetas ou slogans e R$ 46.500 com impulsionamento de conteúdos.
Campanha Eleitoral
A Justiça Eleitoral estabeleceu como teto que as candidaturas a prefeito de João Pessoa podem gastar, no máximo, R$ 3.647.490,46 no primeiro turno e R$ 1.458.996,18 em caso de disputa de segundo turno. O primeiro turno das eleições está marcado para acontecer no dia 6 de outubro. Se houver necessidade de segundo turno, o pleito será no dia 27 de outubro.
O dinheiro arrecadado pelos candidatos pode ser usado para pagamento de despesas feitas durante a campanha eleitoral, como confecção de material impresso, publicidade, aluguel de locais para funcionamento de comitê, remuneração a prestadores de serviço, operação de carro de som, realização de eventos, produção de guias eleitorais, entre outros.
O Fundo Eleitoral é repassado aos partidos em anos de eleições. O repasse foi criado pelo Congresso em 2017 após a decisão do Supremo, que, em 2015, proibiu o financiamento das campanhas por empresas privadas. Além do Fundo Eleitoral, os partidos também contam com o Fundo Partidário, que é distribuído anualmente para manutenção das atividades administrativas.
Fonte: ClickPB
Redação: pbaqui.com.br